Liturgia: Diferentes tipos de missa

1º Espécies: Podem-se distinguir duas espécies de missa - Missa Maior e Missa rezada

Missa Maior será assim chamada por constar de cerimônias numerosas e durar mais tempo.

Dir-se-á: - 1. A missa solene, quando houver diácono e subdiácono a acolitar; - 2. Missa cantada, quando o padre celebrar sozinho, com os meninos do coro.

Nos primeiros séculos, diziam quase sempre Missa solene. Celebrava o Pontífice, rodeado pelos sacerdotes que celebravam conjuntamente e ajudado pelos demais ministros inferiores que exerciam as funções próprias da respectiva Ordem.

Missa rezada, é o nome da missa em que o padre não canta. No século VIII, é que se tornou geral o uso das missas rezadas mas não deixava de ser conhecido nos alvores do cristianismo. Acontecia que os apóstolos e seus sucessores celebravam, sem aparato de solenidade, os santos mistérios, ora em residência particulares, ora nas masmorras e nos cemitérios, e não só de motivo de força maior, mas também por simples devoção. Falta qualquer base histórica na acusação dos protestantes, dizendo que a missa rezada é invenção da Igreja, contrariando a primitiva instituição. Neste compêndio, é o estudo da Missa solene que se faz, porque é mais complexo abrangendo o mais simples.

Divisão da Missa: A missa consta de seis partes principais que são: - a) preparação para o sacrifício; b)instrução; c) oblação; d)cânon; e) comunhão, e f) ação de graças.

Nos primórdios do cristianismo era outra a divisão da missa. O começo era até o ofertório. Abrangia a preparação e a instrução e tinha o nome de missa dos catecúmenos. É porque os catecúmenos, com os judeus e os pagãos, a 2ª classe e a 3ª classe dos penitentes, quer dizer os ouvintes e os prostrados, podiam assistir até à instrução, sendo então despedidos pelo diácono. A segunda parte era o sacrifício eucarístico propriamente dito. Era a missa dos fiéis porque só eles, com os penitentes de 4ª classe ou consistentes, podiam assistir. Entende-se que estes usos desapareceriam quando desaparecesse o próprio catecumenato e a penitência pública. Todavia, permaneceu o caráter especial de cada parte. Na primeira, sucedem-se leituras dos livros Santos, cânticos de salmos e pregações referentes a estes textos. O papel principal é dos fiéis e dos ministros inferiores. A segunda parte diz respeito exclusivamente do sacrifício, e é quase só do padre.

Fonte: Doutrina Católica - Manual de instrução religiosa para uso dos Ginásios, Colégios e Catequistas voluntários - Curso Superior - Terceira parte - Meios de Santificação - Liturgia - Livraria Francisco Alves - Editora Paulo de Azevedo Ltda - São Paulo; Rio de Janeiro; e Belo Horizonte - 1927

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